segunda-feira, 5 de março de 2007

Teoria das cores 2

Teoria das cores

Disco de cores CMYK

Teoria da cores (básico)

Introdução
A cor evoca um estado de espírito; ela cria contraste e destaca a beleza em uma imagem. Ela pode tornar vibrante uma cena melancólica e uma imagem esmaecida pode imediatamente adquirir vida. As cores certas podem transformar um Website sem brilho em uma faiscante porta de entrada.
Para o artista gráfico, pintor ou produtor de vídeo, a criação da cor perfeita é essencial. Quando as cores não estão correta, o conceito se torna incompleto; a imagem talvez não consiga transmitir a informação, e a experiência artística pode ser perdida. Se o verde-brilhante que deve irradiar de uma floresta estiver muito amarelado e fraco, o esplendor da natureza deixa de ser retratado e a aparência "sadia" da paisagem é perdida. Se os vermelhos da floresta que deveriam ser resplandecentes e vibrantes tornarem-se fracos, será transmitida uma imagem apática e deprimente em vez de excitante.
Produzir a cor perfeita não é uma tarefa fácil. Um pintor tem que misturar e remisturar a tinta, fazendo combinações para obter tons perfeitos, que correspondam às imagens vistas ou imaginadas. Os fotógrafos e os cinegrafistas gastam horas testando, refocalizando e acrescentando luzes até que a cena perfeita seja criada. Em muitos aspectos, trabalhar com cores no computador não é muito diferente.O computador cria seu próprio conjunto de problemas e dificuldades técnicas. Como você pode garantir que as cores que você vê na tela correspondem às cores da natureza ou de sua visão artística? E, a seguir, como fazer para que as mesmas cores vistas na tela apareçam na imagem impressa?
Os modelos de cores foram criados para permitir a conversão de cores em dados numéricos, de modo que possam ser descritos de forma consistente em várias mídias. Por exemplo, quando dizemos que a cor é "azul-esverdeada", estamos dando margem à interpretação baseada principalmente na percepção pessoal. Por outro lado, ao atribuir valores específicos àquela cor em um modelo de cores (no modelo CMYK, seria 100% ciano, 3% magenta, 30% amarelo e 15% preto), torna possível reproduzir aquela cor sempre que necessário.
Existem vários modelos de cores, entre eles os mais usados são: RGB, CMYK, HSB, Lab. Os modelos de cores RGB e CMYK são uma lembrança constante de que as cores da natureza, as cores no seu monitor e as cores da página impressa são criadas de maneiras completamente diferentes. Seu monitor cria cores emitindo feixes de luz nas cores vermelho, verde e azul; ele usa o modelo de cores RGB (vermelho/verde/azul). Para reproduzir o efeito de tom contínuo das fotografias coloridas, a tecnologia de impressão utiliza uma combinação de tintas ciano, magenta, amarelo e preto, que reflete e absorve vários comprimentos de luz. As cores criadas pela impressão composta dessas quatro cores fazem parte do modelo CMYK (ciano/magenta/amarelo/preto). O modelo de cores HSB (matriz/saturação/brilho) fornece uma maneira intuitiva de traduzir as cores da natureza em cores que seu computador cria, pois esse modelo baseia-se na maneira pela qual os seres humanos percebem as cores. O modelo de cores Lab fornece um meio de criar cor “independentemente do dispositivo, isto é, cor Lab não deverá variar, independente do monitor ou impressora”.

O que é Cor?
A cor existe por causa de três entidades: a luz, o objeto visualizado e o observador. Os físicos já provaram que a luz branca é composta pelos comprimentos de onda vermelho, verde e azul. O olho humano percebe as cores como sendo vários comprimentos de onda do vermelho, do verde e do azul que são absorvidas ou refletidas pelos objetos. Por exemplo, suponha que você esteja fazendo um piquenique em um dia ensolarado, prestes a apanhar uma maçã vermelha. A luz do sol brilha na maça e o comprimento de onda de vermelho da luz reflete-se da maça para seus olhos. Os comprimentos de onda do azul e do verde são absorvidos pela maçã. Sensores em seus olhos reagem à luz refletida, enviando uma mensagem que é interpretada pelo seu cérebro como sendo a cor vermelha.
Sua percepção da cor vermelha depende da maçã, da luz e de você. Uma maçã absorverá mais verde e azul do que outra, assim a sua cor aparecerá avermelhada. Se nuvens encobrirem o sol , o vermelho da maçã aparecerá mais escuro. Sua interpretação da maçã também será afetada por sua própria fisiologia, por sua experiência em consumir essa fruta ou pelo fato de você não ter comido nada naquele dia.
Os comprimentos de onda do vermelho, do verde e do azul que lhe permitem enxergar a maçã são a base para todas as cores da natureza. É por isso que o vermelho, o verde e o azul são freqüentemente chamados de Cores Primárias. Todas as cores do espectro são criadas por diferentes intensidades desses comprimentos de onda da luz. Quando as três cores primárias se sobrepõe, elas criam as cores secundárias: ciano, magenta a amarelo. As primárias e secundárias são complementos umas das outras. As cores complementares são as cores que mais diferem umas das outras. Na figura abaixo, pode-se ver que o amarelo é formado por vermelho e verde. O azul é a cor primária ausente; portanto, azul e amarelo são complementares. O complemento do verde é o magenta; e o complemento do vermelho, o ciano. Isso explica porque vemos outras cores além de vermelho, verde e azul. Em um girassol, vê-se o amarelo porquê os comprimentos de onda de luz vermelho e verde são refletidos de volta para você, enquanto o azul é absorvido pela planta.
A figura também mostra que todas as cores primárias se combinam para criar o branco. Você poderia achar que adicionar todas essas cores produziria uma cor mais escura, mas lembre-se de que você está acrescentando luz. Quando os comprimentos de onda da luz são somados, obtemos cores mais claras. É por isso que as cores primárias da luz freqüentemente são chamadas de cores aditivas. Juntando todas as cores da luz, obtemos a luz mais clara: a luz branca. Assim quando você vê um pedaço de papel branco, todos os comprimentos de onda do vermelho, do verde e do azul da luz estão sendo refletidos para você. Quando você vê preto, todos os comprimentos de onda de vermelho, de verde e de azul da luz estão sendo completamente absorvidos pelo objeto: dessa forma, nenhuma luz é refletida de volta para você.

O Modelo de Cores RGB
O sistema usado para a criação de cores em seu monitor baseia-se nas mesmas propriedades fundamentais da luz que ocorrem na natureza: essas cores podem ser criadas a partir do vermelho, do verde e do azul. Essa é a base do modelo de cores RGB.
Seu monitor colorido cria cores emitindo três feixes de luz com diferentes intensidades, iluminando o material fosforescente vermelho, verde e azul que reveste a parte interna da tela do monitor. Quando você vê o vermelho, isso significa que o monitor ativou o feixe vermelho, que excita os fósforos vermelhos, acendendo um pixel vermelho na tela. Portanto, ver uma imagem escaneada de uma maça na tela é diferente de ver uma maça em cima do computador, esperando para ser comida. Se você apaga as luzes de seu quarto-sala, não verá mais a sua sobremesa, mas continuará vendo a maçã escaneada, pois seu monitor emite luz.
No modelo de cores RGB, as cores dos pixels podem ser mudadas combinando-se vários valores de vermelho, verde e azul. Cada uma das três cores primárias tem um intervalo de valores de 0 até 255. Quando você combina os 256 possíveis valores de cada cor, o número total de cores fica um aproximadamente 16,7 milhões (256 X 256 X 256). Isso pode parecer uma quantidade imensa de cores, mas lembre-se de que alas constituem apenas uma parte visível das cores da natureza. Contudo, 16,7 milhões de cores é suficiente para reproduzir imagens digitalizadas cristalinas em um monitor capaz de exibir cores 24 bits.


O modelo de cores CMYK
O modelo de cores CMYK baseia-se não na adição de luz, mas em sua subtração. No modelo RGB, as cores são criadas acrescentando-se luz; o monitor (ou a televisão) é uma fonte de luz que pode produzir cores. Mas uma página impressa não emite luz; ela absorve e reflete luz. Então, quando você quiser transportar as cores do monitor para o papel, terá de usar outro modelo, o CMYK. O modelo de cores CMYK é a base do processo de impressão em quatro cores (quadricomia), que é usado principalmente para imprimir imagens de tons contínuos (como as fotografias digitalizadas) em uma gráfica. Na quadricomia as cores são reproduzidas em uma impressora usando quatro chapas: C (ciano), M (magenta), Y (amarelo) e K (preto - que é representado pela letra K porque a nomenclatura baseia-se no inglês, e o B de black poderia ser confundido com B de blue).
Como uma página impressa não consegue emitir luz, uma impressora não pode usar as cores RGB para imprimir; em vez disso, ela utiliza tintas que podem absorver comprimentos de onda de luz específicos e refletir outros comprimentos de onda. Combinando tintas de cor ciano, magenta e amarelo, uma impressora comercial pode reproduzir uma parte significativa do espectro visível de cores. Na teoria, 100% ciano, 100% magenta e 100% amarelo devem ser combinados para produzir o preto. No entanto devido a impureza das tintas, a misturas das cores ciano, magenta e amarelo produz um marrom turvo em vez de preto.
Portanto as impressoras geralmente adicionam o preto, às outras três cores para produzir as partes mais escuras e cinzas das imagens.
A figura abaixo mostra as cores secundárias ou subtrativas sobrepondo-se para criar um marrom turvo. Observar que cada par de cores subtrativas cria uma cor primária.

O Modelo de Cores HSB
Embora os modelos de cores RGB e CMYK sejam essenciais à computação gráfica e à impressão, muitos desenhistas e artistas gráficos acham desnecessariamente complicado tentar misturar cores usando valores ou porcentagens de outras cores. O uso de um disco de cores ajuda, mas nem o modelo RGB nem o CMYK são muito intuitivos. A mente humana não separa as cores em modelos de vermelho/verde/azul ou ciano/magenta/amarelo/preto. Para facilitar essas escolhas, foi criado um terceiro modelo de cores: modelo HSB - Hue/Saturation/Brightness (matiz/saturação/brilho).
O HSB baseia-se na percepção humana das cores e não nos valores RGB do computador ou nas porcentagens de CMYK das impressoras. O olho humano vê cores como componentes de matiz, saturação e brilho.
Pense nos matizes como sendo as cores que você pode ver em um disco de cores. Em termos técnicos, matiz baseia-se no comprimento de onda de luz refletida de um objeto, ou transmitida por ele. A saturação, também chamada de croma, é a quantidade de cinza em uma cor. Quanto mais alta a saturação, mais baixo é o conteúdo e mais intensa é a cor. O brilho é uma medida de intensidade da luz em uma cor.

O modelo de cores Lab
Falta ainda explorar mais um modelo de cores. Embora não seja usado com tanta freqüência quanto os outros modelos, o modelo de cores Lab merece ser investigado, particularmente porque pode-se mostrar útil em certas situações de edição de cores.
Embora talvez você nunca precise usar o modelo Lab, esse modelo é vital para alguns programas. No Photoshop, por exemplo, é utilizado para converter de um modo de cor para outro. Quando o Photoshop converte de RGB para CMYK, primeiro ele converte para Lab e, a seguir, de Lab para CMYK. Uma razão para isso é que a gama de cor Lab abrange as gamas de cor RGB e CMYK.
O modelo de cor Lab baseia-se no trabalho da Commission Internationale de I' Eclairage, formada no início do século XX, para tentar padronizar a medida de cores. A comissão idealizou um modelo de cores baseado na maneira pela qual a cor é percebida pelo olho humano. Em 1976, o modelo de cores original foi refinado e chamado de CIE Lab. Ele foi criado para proporcionar cores consistentes, independentemente do tipo de monitor ou impressora utilizado; isso chama-se independente de dispositivo (device-independent-color). A cor independente de dispositivo não é afetada pelas características ou peculiaridades de qualquer componente de hardware.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Imprensa e direitos autorais

A Lei do direito autoral (link mais abaixo) cita a imprensa em apenas dois claros e conclusivos artigos:
Lei 9.610 Art. 36. O direito de utilização econômica dos escritos publicados pela imprensa, diária ou periódica, com exceção dos assinados ou que apresentem sinal de reserva, pertence ao editor, salvo convenção em contrário.
OBS: ou seja, não é preciso registrar o direito autoral para cada texto ou edição. Mas também é claro que fala da "utilização econômica" ou seja vender e lucrar financeiramente a partir dos textos. Creio que o acusador precisa provar que seu texto está gerando lucro no site do acusado... Também é claro que a figura do Editor, pela Lei de Imprensa, tem que existir. No caso do texto citado do InfoGuerra, ele era assinado pelo autor.
O artigo abaixo você deve imprimir e colar na sua mesa de trabalho...
Lei 9.610 Art. 46. Não constitui ofensa aos direitos autorais:
I - a reprodução:
a) na imprensa diária ou periódica, de notícia ou de artigo informativo, publicado em diários ou periódicos, com a menção do nome do autor, se assinados, e da publicação de onde foram transcritos;
III - a citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de passagens de qualquer obra, para fins de estudo, crítica ou polêmica, na medida justificada para o fim a atingir, indicando-se o nome do autor e a origem da obra;
Sugiro que todos leiam a legislação à respeito. A primeira é a Convenção de Berna de 1971/1991/1996 em http://www.mct.gov.br/legis/outros_atos/wo-ber01.htm - fica muito claro que texto jornalístico não é protegido porque nem é citado na convenção internacional o seu artigo 2 é óbvio no que pode ser protegido. Há inclusive uma definição de que a legislação de cada país poderá definir como estas obras protegidas porderão ser divulgadas pela mídia jornalística quando expostas ou citadas em público.
A segunda é a 9.610 de 1998 em http://www.mct.gov.br/legis/leis/9610_98.htm -
Art. 5º Para os efeitos desta Lei, considera-se:
I - publicação - o oferecimento de obra LITERÁRIA, ARTÍSTICA ou CIENTÍFICA ao conhecimento do público, com o consentimento do autor, ou de qualquer outro titular de direito de autor, por qualquer forma ou processo;
V - comunicação ao público - ato mediante o qual a obra é colocada ao alcance do público, por qualquer meio ou procedimento e que não consista na distribuição de exemplares;
O Art. 7º simplesmente repete a Convenção de Berna.
Art. 8º NÃO SÃO OBJETO de proteção como direitos autorais de que trata esta Lei:
I - as IDÉIAS, procedimentos normativos, sistemas, MÉTODOS, PROJETOS ou conceitos matemáticos como tais;
IV - os textos de tratados ou convenções, leis, decretos, regulamentos, decisões judiciais e demais atos oficiais;
VII - o aproveitamento industrial ou comercial das idéias contidas nas obras.
Art. 29º DEPENDE DE AUTORIZAÇÃO PRÉVIA e expressa do autor a utilização da obra, por quaisquer modalidades, tais como:
I - a reprodução parcial ou integral;
II - a edição;
IX - a inclusão em base de dados, o armazenamento em computador, a microfilmagem e as demais formas de arquivamento do gênero; (obs Roitberg: imagine se as bibliotecas tivessem que pedir e ter arquivadas as autorizações para micofilmagem e digitalização de todas as obras de seu acervo? Isso simplesmente não existe, apesar de constar em Lei)
X - quaisquer outras modalidades de utilização existentes ou que venham a ser inventadas. (obs Roitberg: isso obviamente engloba a Internet)
José Roitberg - jornalista

Entendendo o jornalismo online

José Antonio Meira da Rocha
Jornalista, professor universitário

Jornalismo Online (JOL) pode ser definido como a coleta e distribuição de informações por redes de computadores como internet ou por meios digitais. Os holandeses Bardoel e Deuze usam um nome específico e adequado para esta produção: network journalism, o jornalismo em rede. Já o professor de jornalismo californiano Doug Millison pensa em uma abrangência maior:
"Online" inclui muitos foros. O mais proeminente é a World Wide Web, além de serviços comerciais de informação online como a America Online. Mensagens simples de e-mail pela internet também têm um grande papel. Também importantes são os CD-ROMs (...) além de intranets e sistemas discados de quadro de avisos (BBS). (Millison, 2005)
Ainda há outras tecnologias que podem ser incluídas nesta lista: a edição de sistemas de ajuda (help) de computadores, como o Windows Help e o HTML Help, e apresentações de slides para palestras.
Características do JOL
Independentemente de suas múltiplas definições, o jornalismo online apresenta algumas características específicas em relação a aspectos que quase sempre existiram nas mais diversas mídias, em diversos graus.
Segundo uma pesquisa informal entre usuários de um site sobre JOL,
cerca de 41% dos participantes apontaram que a instantaneidade é o que mais caracteriza o webjornalismo. A interatividade aparece em segundo lugar, com 28,11%. Já cerca de 19% apontaram que o fato das notícias ficarem arquivadas para pesquisa é o que mais chama a atenção (JORNALISTAS DA WEB, 2005).
Outros autores (MEIRA, 2000; PALACIOS, 2001b; MIELNICZUK, 2001) ampliam essa lista. Para eles, as características mais interessantes do Jornalismo online são:
1.Instantaneidade.
2.Interatividade.
3.Perenidade (memória, capacidade de armazenamento de informação).
4.Multimediação, programação.
5.Hipertextualidade.
6.Personalização de conteúdo, customização.
1 Instantaneidade
O grau de instantaneidade – a capacidade de transmitir instantaneamente um fato – das publicações em rede aproxima-se do atingido pelo rádio, o mais alto entre as três mídias tradicionais, seguido por TV e jornal. É muito rápido, fácil e barato inserir ou modificar notícias em formato binário.*
2 Perenidade
Também conhecido como arquivamento ou memória. O material jornalístico produzido online pode ser guardado indefinidamente. O custo de armazenamento de informação binária é barato. É possível guardar-se grande quantidade de informação em pouco espaço, e essa informação pode ser recuperada rapidamente com busca rápida full text**.
3 Interatividade
As mídia tradicionais sempre tiveram algum tipo de interação, como nas seções de cartas de jornais e TVs e nos telefonemas para programas de rádio (talk radio). Mas no JOL a interação atinge seu ponto máximo:
O leitor pode escolher vários "caminhos" para ler notícias.
Na Web, o leitor pode enviar formulários com comentários sobre uma notícia e ver suas observações colocadas imediatamente à disposição de outros leitores.
O leitor pode participar de votações sobre temas polêmicos.
4 Multimediação, multimedialidade ou convergência
O JOL usa vários tipos de mídia e de formatos de arquivos de computador. Se diz que é uma convergência de todas as mídias:
Texto e hipertexto em computador.
Áudio.
Vídeo parado (fotos) e em movimento (videoclips).
Texto em papel (o conteúdo da internet freqüentemente é impresso).
Em breve, se poderá usar cheiro, pois já existem pesquisas com transmissão de informações olfativas.
5 Hipertextualidade
Segundo a enciclopédia coletiva Wikipedia,
"Um hiperlinque, ou simplesmente linque, é uma referência em um documento hipertextual para outro documento ou recurso. Como tal, ele é similar às citações em literatura".
Por exemplo, clicando no hiperlinque Instituto Poynter, você instruirá o seu programa leitor de página Web a buscar e a apresentar em sua tela as informações que formam a página Web do instituto de ensino de Jornalismo. Este link azul sublinhado é representado assim no texto interno da página Web:
Instituto Poynter
1.A marca "" significa âncora de hipertexto.
2."href" é a referência hipertexto, no caso, um endereço Web.
3."Instituto pointer" é o texto que vai responder ao clic do mouse
4."
" indica o fim do link.
Usar sistemas de hipertexto é chamado de "navegar", em português brasileiro, em função do programa Netscape Navigator.
O uso de hiperlinques em conteúdo multimídia (áudio, vídeo, fotos, animações) é chamado de hipermídia. Tecnicamente, não há diferenças em fazer linques em texto ou em imagens.
Mídias tradicionais também usam hiperlinques, como o sistema de sumário e número de páginas de livros, os sistema de organização da Bíblia, as chamadas de capa de jornais.
6 Personalização de conteúdo
Como toda a informação está sendo tratada por computadores, é rápido colher informações sobre usuários/leitores e oferecer a mídia que mais interessa a ele. Esta personalização de conteúdo pode se realizar de diversas maneiras:
Aliada à multimídia, a personalização de conteúdo permite a programação de servidores de mídia, que podem escolher qual informação enviar conforme as preferêncis do usuário que solicita. Por exemplo, um vídeo de qualidade mais alta é escolhido automaticamente pelo servidor Helix da Realmedia se o usuário tem banda larga.
Muitos sites de informação e serviços (portais) permitem que o leitor escolha temas que lhe interessam e receba apenas notícias sobre eles, ao acessar a página. Um bom exemplo é o News Is Free (http://www.newsisfree.com). Também é comum que se assine newsletters sobre assuntos específicos.
As novas formas de busca e apresentação de notícias, como os agregadores de notícias (news feeds RSS) e Google News, fazem com que qualquer jornal esteja em pé de igualdade na concorrência por leitores. Jornais de grandes centros competem de igual para igual com jornais regionais. Isto aponta para a necessidade de maior atenção na redação de títulos.
Os títulos de matérias online devem ter todas as características dos títulos tradicionais, só que em espaço mais reduzido. Algumas dicas:
Especifique o lugar da notícia. Não coloque palavras como "Região" ou "Vale". Regiões e vales existem em qualquer lugar do mundo.
Verbo forte no início, de preferência.
Use palavras-chave sobre a notícia.
Como a mídia impressa tradicional influencia o JOL
Como toda nova mídia, esta também recebe influências das mídias pré-existentes, enquanto procura sua própria identidade.
A transcrição de matérias da mídia impressa é o primeiro e mais rápido caminho para um jornal de papel entrar na internet. CTRL+C e CTRL+V (teclas para cortar e colar texto em computador) são a versão contemporânea da "recortagem" ou "gilette press".
Os jornais também podem colocar a edição na rede no formato de arquivo PDF (Portable Document Format), criado pela Adobe para ser o padrão de documento binária para armazenamento e difusão por redes de computadores. O PDF permite que se veicule um fac-símile da versão impressa do jornal, que pode ser ampliado na tela milhares de vezes e impresso em qualquer impressora doméstica, em qualquer tamanho. Um dos melhores exemplos do uso de arquivos PDF no jornalismo online é o site Newseum, que apresenta a primeira página atualizada de jornais de todo o mundo.
Influência da mídia eletrônica sobre o JOL
Mídia eletrônica são rádio e TV. Computadores não estão incluídos na categoria porque vão além do eletrônico, usando lógica binária para formatação de informações. Computador é, portanto, mídia binária.
Rádio
O som pela internet ainda é de baixa qualidade e com constantes lapsos, mas é uma maneira pela qual estações de rádio tradicionais alcançam audiência mundial.
As "estações de rádio internet" (sites que armazenam som binarizado) permitem que você crie programação e deixe gravações disponíveis para quem quiser ouvir. A desvantagem é que um número limitado de pessoas pode acessar ao mesmo tempo uma estação de rádio internet, ao contrário do rádio broadcast.
O texto de rádio é o que mais se adapta para jornalismo em rede, pela concisão, estilo direto, informalidade.
Televisão
Os maiores sites jornalísticos já publicam pequenas matérias em vídeo. Existem programas, como o Real Video, que têm “canais” de vídeo streaming***. Como no caso do áudio, os clips de vídeo são de baixa qualidade e podem ter o movimento ou o áudio interrompidos por alguns instantes, conforme o congestionamento da rede. A BandNews, no entanto, consegue transmissões com razoável qualidade, em internet banda larga.
Visualmente, animações em formato Flash, cada vez mais usadas em sites multimídia, são inspiradas em vinhetas de TV.
Influência do JOL sobre a mídia tradicional
Diagramação "lincada"
Está sendo bastante usado por jornais e revistas a ligação visual entre palavras do texto e elementos gráficos como fotos e textos explicativos (box), imitando a ligação lógica do hipertexto.
Aumento de textos curtos
O estilo de texto para a internet deve ser curto, na ordem direta, com palavras-chave destacadas, em blocos de cerca de cem palavras, no máximo. O estilo deve ser informal, porque internet é um meio de comunicação individual e pessoal. Esta economia de palavras (que as valoriza, pois as torna raras) encontra eco, em 2000, em dois dos jornais de maior tiragem do Rio Grande do Sul, Correio do Povo e Diário Gaúcho.
Aumento de gráficos e uso da cor
O apelo visual nos websites também tem influenciado a mídia impressa, que usa mais cor, produz mais infográficos e aumenta a hierarquia de estilos de texto nos veículos, como a revista Época e o Diário Gaúcho.
Ampliação da base de pesquisa e de fontes de notícias
As rádios e os pequenos jornais regionais**** estão coletando muita informação na internet graças ao acesso a centenas de fontes que auxiliam a pesquisa noticiosa:
Engenhos (sites) de busca.
Programas de meta-busca, que pesquisam em diversos engenhos de busca ao mesmo tempo e filtram os resultados.
Listas de discussão e fóruns.
FAQs, listas de perguntas freqüentemente feitas sobre um assunto, e que, em geral, tem bastante credibilidade porque são construídas coletivamente.
Sites pessoais, de empresas, de entidades e de órgãos de governos. É importante que qualquer empresa ou pessoa tenha, em seu site, o press kit, um conjunto de press releases e fotos em alta resolução para que sejam usados pelas publicações de papel.
O texto para Web
Muitos autores se entusiasmem com características como multimediação e interatividade, e consideram que o conteúdo online deve ser repleto de movimentos, hiperlinques e outros truques. No entanto, produção digital custa caro, em termos de recursos humanos. E o conteúdo publicado em redes não precisa conter obrigatoriamente todos os recursos tecnológicos disponíveis, só porque eles existem.
Considero, então, que não há um "formato para a internet" ou "formato para a Web". Existem diversas maneiras de se usar textos e outros conteúdos na mídia em rede. Cada uma tem uma aplicação determinada, com vantagens e desvantagens.
Transposição pura
O texto da mídia papel (tipo livro ou artigo) é transposto sem modificação para a rede.
Vantagem: maior disponibilidade do que impresso, distribuição instantânea, onipresença, rapidez e baixo custo de publicação, facilidade de visualização, facilidade de impressão.
Desvantagens: não aproveita bem os recursos da mídia. Além disso, muita gente considera desconfortável a leitura de texto extensos na tela.
Exemplo: Projeto Gutemberg, que publica livros clássicos em formato de "texto plano".
Transposição com uso de hyperlinks
Texto tradicional para papel, mas vertido para o formato hipertexto, com links para notas de rodapé e para outros textos.
Vantagens: links tornam a leitura mais rápida pela facilidade de consulta a outras fontes e a notas. Também é fácil de imprimir.
Desvantagens: as mesmas da transposição pura.
Exemplos: documentos acadêmicos do MS Word ou OpenOffice gravados em formato HTML.
Adaptação ao hipertexto
Texto reescrito ou produzido especialmente para ser lido em tela de computador. Informação em "cachos" (blocos de 100 palavras ou menos), uso extensivo de hyperlinks, listas com bolinhas, entretítulos.
Vantagens: aproveita melhor a mídia mas torna mais difícil a impressão.
Desvantagens: tem produção mais cara, é mais demorado reeditar o material textual.
Exemplo: matéria de Carole Rich sobre o estilo Web (traduzida aqui).
Desenvolvimento de narrativa em hipermídia
Texto e imagens de áudio e vídeo pensados e editados para serem distribuídos em hipermídia.
Vantagens: aproveitamento máximo de recursos.
Desvantagens: pouco suporte para uso em mídia papel.
Mais dicas sobre webtexto
Você pode encontrar mais dicas sobre como escrever para a Web no trabalho de conclusão de Cristina Pacheco e na matéria em hipertexto de Carole Roch.
O mail é a mensagem
Apesar do apelo charmoso da Web, a aplicação mais útil e utilizada da internet é o correio. Com ele, você não só se comunica pessoa-a-pessoa (o que lhe dá grande influência), como troca qualquer tipo de arquivo de computador, como foto, áudio, vídeo, texto, animação. E o correio também deve ser visto como uma poderosa mídia.
Até mesmo sites da Web se promovem através de newsletters, boletins criados com os parcos recursos do correio. Todo o site bem planejado deve ter um link para o internauta assinar uma newsletter. Na mensagem, o editor do site deve colocar breves descrições das novidades no site, com um link Web em que o leitor pode clicar para conferir imediatamente o assunto.
Lista de distribuição
É um recurso que existe em alguns programa de correio: uma lista com centenas de endereços de mail para onde você envia uma mensagem de uma só vez.
Existem programas específicos para manipular listas de discussão, mas uma opção barata e poderosa é o Pegasus Mail, programa de correio gratuito para ambiente Windows e Macintosh. Ele permite que você envie um texto para centenas de pessoas ao mesmo tempo. Um sistema de filtragem de mensagens recebidas permite que se cadastre ou cancele a assinatura de listas dependendo do conteúdo da mensagem. Por exemplo, uma mensagem com a palavra subscribe no título faz com que o remetente seja anexado à lista de pessoas que devem receber determinada newsletter. A palavra unsubscribe pode tirar o endereço do remetente da lista.
Formatação
Para que sua mensagem seja mais efetiva, você deve dar atenção aos seguintes aspectos de uma newsletter por correio:
Título
O título (subject, assunto) é o único gancho que o editor de uma publicação tem para fisgar a atenção dos leitores. Quem recebe dezenas de mensagens por dia abre apenas as mais interessantes e descarta as outras com base no título. Uma mensagem com título "Informativo n.153", tem mais chances de ser apagada do que uma com "Anatel à CRT: estamos de olho em vocês!". Para aproveitar espaço, o nome da newsletter deve estar no endereço de mail do remetente, para não desperdiçar espaço do subject com isto.
Cabeçalho e Logotipo
No topo da mensagem ficam o "logotipo", uma linha explicativa sobre a newsletter, a data e o número da publicação.
Motivos do envio
É importante que você explique que o leitor recebeu sua newsletter porque a assinou, e que ela não é enviada sem ser solicitada. O spam (divulgação de mensagens para milhares de pessoas que não a solicitaram) é uma das práticas mais odiadas da internet. Por isso, o leitor não deve ter dúvidas de que ele mesmo pediu para receber sua mensagem.
Publicidade
O correio em geral não tem grandes recursos de formatação de texto e cores. Um anúncio poderia ser confundido facilmente com conteúdo editorial. Por isso, os anúncios devem ter linhas separando-os do resto da newsletter. As palavra "publicidade", "anúncio" ou "comercial" devem estar na primeira linha separadora.
Links para cancelar assinatura
Você deve deixar ao leitor a possibilidade de cancelar a assinatura da newsletter a qualquer momento. Em alguns sistemas, basta que o leitor responda à mensagem. Em outros, deve-se enviar uma mensagem com a palavra "unsubscribe" no campo Subject.
Mail merge
O pegasus mail permite que se personalise uma newsletter com textos variáveis. Verifique o Tutorial sobre mail merge com Pegasus Mail.
Links normais
Os modernos programas leitores de mail mostram URLs (endereços Web ou de mail) como links, sem que o editor precise colocar formatação especial.
Mail HTML
Existe a possibilidade de se enviar mensagem em formato HTML (com páginas Web), com texto em tamanhos e fontes diferentes, cores, imagens fixas, imagens de áudio e vídeo. Embora existam “cruzadas” contra mails em HTML (porque ocupariam muita largura de banda*****), você não precisa abrir mão destes recursos de imagem. Dê ao assinante oportunidade de escolher se quer receber mails não-formatados ou com recursos hipermídia.
Exigências do JOL
Texto
O texto, é claro, ainda é o elemento mais importante de qualquer publicação. Quem tem bom texto para jornal de papel, rádio ou TV, terá bom texto para JOL. Só precisa entender como o internauta lê: ele apenas passa os olhos pelas telas à procura de palavras-chave. Não tem tempo para as grandes elucubrações mentais exigidas por figuras de linguagens do tempo do texto corrido, nem paciência para textos longos...
Criatividade em design gráfico
O jornalista online deve não apenas saber escrever, mas saber como dispor o texto no suporte. Tem que conhecer tipos de letras, composição visual, uso de cores, corte e edição de fotos, áudio e vídeo. Não precisa saber desenhar, mas deve saber usar infografia e ser capaz de criar um gráfico informativo a partir de dados numéricos, para ilustrar uma matéria.
Língua estrangeira
Quase tudo na internet é em inglês. Compre imediatamente seu dicionário. E instale no seu computador programas como o Babylon Translator.
Curiosidade e experimentação em programas de computador
Você precisa saber se virar sozinho, se seu maldito Windows começar a dizer algo simpático como "Você executou uma operação ilegal. Falha geral do aplicativo, OK?". E precisa saber como procurar – produtivamente -- por algum tema específico na floresta binária da internet.
O mercado de trabalho
O mercado para jornalista online já está aquecido. O jornal de papel, o rádio ou a TV que não tiverem sua contraparte binária estarão logo ultrapassados. Assim, pelo menos uma vaga existe em toda a redação: a do jornalista que coloca na Web matérias feitas para outras mídias. Mais empresas de comunicação estão desenvolvendo redações especificamente para a internet, e a disseminação de acesso por cabo de TV e por rádio exigirá muitos profissionais multimídia.
Depois que estourou a "bolha" de entusiasmo pela internet, em 2000, o mercado para profissionais da Web encolheu. Mas apenas na Web, que é um mercado limitado, de qualquer forma. O maior mercado para os conhecimentos de tecnologia online está nas empresas e nas assessorias de imprensa empresariais, porque empresas médias e grandes começam a desenvolver suas páginas Web e suas intranets e já precisam de quem desenvolva conteúdo e press kits para estes novos canais de informação.
Portanto, o futuro para o jornalista online será tão brilhante que ele precisará usar óculos escuros para ver direito.
Leitura sugeridas
Parem as Máquinas. Coluna semanal de Steve Outing no UOL. Arquivos de colunas em .
Online Journalism Review. Revista Web especializada no tema. Em .
Use-it. Site pessoal de Jacob Nielsen, engenheiro de usabilidade, que aborda a interface entre ser humano e computadores. .
Biblioteca Online de Ciências da Comunicação (BOCC) seção Tecnologias da Comunicação
GJOL Grupo de Pesquisa em Jornalismo On-line da Universidade Federal da Bahia.
Jornalismo Online. Site de José Antonio Meira em .
Mario Garcia. Site do professor e designer de jornais cubano. Em .
Online-journalist. Site do professor Doug Millison. Em .
Jornalistas da Web. Mídias digitais com novidades na área. Página Web em http://www.jornalistasdaweb.com.br. Lista de discussão em http://groups.yahoo.com/group/jornalistasdaweb.
Conteúdo n@ Rede - Coluna de Bruno Rodrigues sobre webwritting no site Comunique-se.
Bibliografia
1.JORNALISTAS DA WEB, Instantaneidade é a maior característica do webjornalismo segundo pesquisa. 5 de nov.2003. Site Web disponível em: Lido em: 11 fev. 2005.
2.ROCHA, J. A. M. Entendendo o Jornalismo Online. In: Ivan Pinheiro Machado. (Org.). Tendências na Comunicação. 1 ed. Porto Alegre, 2000, v. 3, p. 84-94.
3.PALACIOS, Marcos. Fazendo Jornalismo em Redes Híbridas: Notas para discussão da Internet enquanto suporte mediático. Salvador: FACOM, 2002. Disponível em: . Acesso em: 20 jul. 2003. Documento MS Word.
4.PALACIOS, Marcos. Jornalismo Online, Informação e Memória: Apontamentos para debate. Apresentado nas Jornadas de Jornalismo Online, Departamento de Comunicação e Artes, Universidade da Beira Interior, Portugal, sob a coordenação do prof. Antonio Fidalgo. Jun. 2002. Disponível em: . Acesso em: 1º ago. 2003. Documento MS Word. Também disponível documento PDF em: < http://www.facom.ufba.br/ jol/pdf/2002_palacios_informacaomemoria.pdf> e documento HTML em http://www.eca.usp.br/pjbr/ arquivos/artigos4_f.htm. Acesso em 2 de fev. 2005.
5.MIELNICZUK, Luciana. Características e implicações do jornalismo na Web. Site na Web: . Lido em 11 fev. 2005. Trabalho apresentado no II Congresso da SOPCOM, Lisboa, 2001

* Considero que a tecnologia de computadores atuais deve ser chamada de binária, e não de digital. O fato de trabalhar com lógica binária é que torna os computadores tão poderosos. Eles trabalham relativamente pouco com informação digital (numérica).
**Busca full text é aquela usada por bancos de dados que armazenam todas as palavras significativas de um documento, e não apenas palavras-chave.
***Vídeo em corrente, exibido conforme vai sendo recebido pelo computador multimídia. As informações são descartadas depois de exibidas, não ficando gravadas em forma de arquivo no disco do computador. Assim, podem ser enviadas grandes quantidades de informações sem ocupar espaço no disco do usuário.
****Pequenos ou regionais, e não jornais do interior, porque não há mais interior, depois da internet. Qualquer cidade com linha telefônica não está mais no interior.
*****Largura de banda é a capacidade de transmissão de dados na internet, medida em bits por segundo. A chamada largura de banda estreita é um limitante para o crescimento da internet.

Maior poder de fogo contra o ciberplágio

Mario Lima Cavalcanti

Em julho do ano passado falei nessa mesma coluna sobre plágio de conteúdos jornalísticos na Web (aqui). O assunto foi bem recebido e gerou grandes discussões no fórum do artigo. De fato, plágio, seja na Web ou fora dela, é um tema que sempre interessa tanto aos estudantes de jornalismo quanto aos jornalistas veteranos. Passado quase um ano, o ciberplágio continua sendo um problema, fazendo nascer novos serviços online e organizações com a proposta de combatê-lo.
Parte desses serviços e entidades foram listados recentemente por Patience Simmonds no artigo "Plagiarism and cyber-plagiarism: A guide to selected resources on the Web", publicado no site da Association of College and Research Libraries.
Pelo artigo de Simmonds vi que muitas entidades e portais especializados no tema nasceram e cresceram, cada um com propostas bem interessantes. Mas o que me chamou mesmo a atenção na seleta lista foram os serviços online para a detecção de plágios na Web que eu não conhecia. O Center for Excellence in Teaching and Learning (CETL), da Universidade de Albany, em Nova York, nos Estados Unidos, por exemplo, publica informações e dicas a fim de educar alunos e professoras sobre o tema. Ainda na CETL, está disponível um software para detectar plágio e uma lista de exemplos de copyright e termos de reprodução de conteúdo.
Na praia dos programas e serviços voltados para professores, existe o Essay Verification Engine (Eve2) e o JPlag. Ambos carregam o difícil papel de, como o próprio Simmonds disse, detectar desonestidades acadêmicas (entenderam, né?). O primeiro é pago, mas garante efeciência em 80% a 90% dos casos e pode ser testado gratuitamente por instrutores por 15 dias. Já o segundo é totalmente gratuito, mas requer cadastro.
Outra ferramenta online, a Turnitin.com, é considerada por muitos como uma das mais avançadas para detecção de conteúdos roubados ou usados de forma indevida. Afiliado ao Plagiarism.org - um dos principais portais sobre plágio - o Turnitin.com cobra uma taxa para sua utilização, mas também permite que os usuários testem o serviço de forma gratuita. E se você quer um serviço que vasculhe informações em jornais digitais, existe o EduTie.com, que - além de também cobrar uma taxa de uso - faz uma varredura em cerca de 250 mil jornais procurando conteúdos duplicados.
Mas se o que você procura são informações mais didáticas sobre o assunto, o Departamento de Química da Universidade de Kentucky desenvolveu uma página recheada com definições e exemplos de plágios com suas respectivas penalidades. Apesar de a página não ser atualizada há mais de cinco anos, o conteúdo é válido e, segundo o pessoal do departamento, as informações contidas na página podem ser aplicadas a qualquer área.
Ainda sobre conteúdos didáticos, a Teaching and Learning with Technology, da Universidade Estadual da Pennsylvania, nos Estados Unidos, criou uma seção com definição, estratégias de detecção e até questionários sobre plágio, para que os professores possam testar o conhecimento dos alunos sobre o tema. Com foco também nos professores e alunos - e talvez mais interessante para quem está fazendo projetos de conclusão de curso e similares -, o site Purdue Online Writing Lab, além de apresentar definições básicas sobre plágio, mostra ainda situações em que documentações são necessárias. Exercícios também são encontrados na página.
É certo que muitas vezes o plágio é cometido por pessoas de fora do círculo do ensino, que não recebeu informações de que o que ela está fazendo não é ético, mas, no que diz respeito a ensino superior, mesmo com todos os recursos acima, é fundamental que os professores universitários - de todos os cursos e não só os da área da Comunicação - conscientizem seus alunos sobre o quanto a prática do plágio é prejudicial não só para os autores, mas para ele próprio, o futuro profissional, e indiquem sempre referências sobre o assunto. De certa forma, parte do combate ao plágio começa por aí.

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Introdução ao jornalismo online

José Antonio Meira da Rocha
Jornalista, professor universitário

Nesta apresentação, veremos um painel com o estado em que se encontra o jornalismo online atualmente, quais as perspectivas de mercado, quais as tendências, quais as exigências de um profissional digital.
A apresentação foi feita no OpenOffice e exportada como Flash. Para avançar, basta clicar na tela. Para voltar, clique com o botão direito do mouse e escolha "rebobinar".

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